«Stefan Tischer, arquitecto paisagista, estudou em Versalhes e Munique. (…) Campos de interesses: Arquitectura da Paisagem, Design Urbano, Arte e Paisagem, Paisagem Urbana, História da Arquitectura Paisagista, Paisagem e Infra-estruturas, Paisagem Contemporânea e Teoria da Paisagem. (…) Autor de numerosas publicações e diversas exposições. Tem projectos em Itália, Canadá, Alemanha, França, Estados Unidos da América, Líbano, Grécia, Suiça e Finlândia.»
Era assim o anúncio em que a Paisagir sugeria a oportunidade de escutar o que Stefan diria, oportunidade essa que surgiu quase sem antecipação.
Dia 28 de Abril, às 18 horas (já perto das 19). Sentada na penúltima fila do anfiteatro do Pavilhão de Florestal, escutei, no meu inglês de prontuário turístico, o sotaque de Renné, comentando os projectos que Stefan escolheu, ilustrados com fotografias.
Não como nas cores esbatidas dos anos 80 em que me habituei a ver o café da série «Allo Allo», o cenário de Stefan ganhava uma geometria colorida quase fantástica, a cada mudança.
Mais do que palavras, gravei imagens. Gravei as fotos e figuras que se faziam surgir em prados ou entre ramos que aproveitavam assim a importância da sua forma; gravei as pseudo-florestas artificiais compostas por suportes de estruturas, criando a irregularidade de altos e finos troncos de Pinus, onde o mato teria sido roçado; gravei a ideia da reciclagem de materiais em formas que ganhavam o que escondiam.
Gravei o sorriso com que Stefan falava do que fez, do contributo para alguma paisagem urbana (e não só), vivida por tantos e diferentes indivíduos.
Estranhas e festivas visões que, na minha dúvida, se tornaram possíveis e desejáveis em espaços espalhados pelo planeta.
_feijão