Bienal de Arquitectura de Veneza
Nota-se uma tendência para o aproveitamento, parece estar na moda o pegar nas coisas acrescentar ou modificar qualquer coisa e pronto. A arrogância modernista parece definitivamente posta de parte. Ciclovias pelas favelas de Bogota, edifícios com um uso qualquer transformados em centros de arte.
O local onde se encontra a exposição principal e o maior exemplo disso, uma zona, onde se construiam barcos, lindíssima, e que com meia duzia de coisas ficou pronta para a bienal.
Uma visão da cidade muito optimista (nao o será em excesso), apresenta-se a decadência, a desorganização, e a sujidade como coisa fotogénica, que obviamente o e, mas viver la...
Surpreende a exposição sobre cidades clássicas e influência na arquitectura dos anos 40, 50 e 60 por apresentar o tema sem complexos. Analisa-se a arquitectura sem pensar no facho. Será que aqui já é uma coisa normal? Fazia falta qualquer coisa assim com o portugues suave. À entrada estava:
"Amiamo il bello ma con compostezza, e ci dedichiamo al sapere, ma senza debollezza;
adoperiamo la richezza piu per la possibilita di agire che essa ci ofre, che per schiocco vonto di discorsi; e la poverta no e vergognosa ad metersi per nessuno, mentre lo e assai di piu il non darsi da fareper liberarsene..."
Pericles em Tucidide, Historiae, II, 40
Divertido encontrar casas iguais as que se constroem neste momento em Portugal por todo o lado, aquelas que estao a invadir o pais de alto abaixo, aquelas casas tipo disneylandia, no Cairo! Isto merecia uma investigação...
A representação portuguesa no Giardini della Biennale, o Lisboscopio, esta muito bem. Uma estrutura de tubo metálicos em que se entra e se começa a ver Lisboa a partir do rio, margem norte e sul. Os tubos tornam o acesso de um lado ao outro uma confusão, tal como em Lisboa... isto acompanhado de um catálogo muito interessante.
A Dinamarca insistia na China e nos seus programas de cooperação com este pais, e lançam dados impressionantes: a China neste momento representa cinquenta por cento do mercado de construção... e da maneira como as coisas estavam apresentadas parece estar a começar com problemas de sustentabilidade, para quem não se importe de trabalhar para um regime totalitário parece ser o novo mercado.
E depois um sem fim de pequenas exposições espalhadas por Veneza...
_manel
Nota-se uma tendência para o aproveitamento, parece estar na moda o pegar nas coisas acrescentar ou modificar qualquer coisa e pronto. A arrogância modernista parece definitivamente posta de parte. Ciclovias pelas favelas de Bogota, edifícios com um uso qualquer transformados em centros de arte.
O local onde se encontra a exposição principal e o maior exemplo disso, uma zona, onde se construiam barcos, lindíssima, e que com meia duzia de coisas ficou pronta para a bienal.
Uma visão da cidade muito optimista (nao o será em excesso), apresenta-se a decadência, a desorganização, e a sujidade como coisa fotogénica, que obviamente o e, mas viver la...
Surpreende a exposição sobre cidades clássicas e influência na arquitectura dos anos 40, 50 e 60 por apresentar o tema sem complexos. Analisa-se a arquitectura sem pensar no facho. Será que aqui já é uma coisa normal? Fazia falta qualquer coisa assim com o portugues suave. À entrada estava:
"Amiamo il bello ma con compostezza, e ci dedichiamo al sapere, ma senza debollezza;
adoperiamo la richezza piu per la possibilita di agire che essa ci ofre, che per schiocco vonto di discorsi; e la poverta no e vergognosa ad metersi per nessuno, mentre lo e assai di piu il non darsi da fareper liberarsene..."
Pericles em Tucidide, Historiae, II, 40
Divertido encontrar casas iguais as que se constroem neste momento em Portugal por todo o lado, aquelas que estao a invadir o pais de alto abaixo, aquelas casas tipo disneylandia, no Cairo! Isto merecia uma investigação...
A representação portuguesa no Giardini della Biennale, o Lisboscopio, esta muito bem. Uma estrutura de tubo metálicos em que se entra e se começa a ver Lisboa a partir do rio, margem norte e sul. Os tubos tornam o acesso de um lado ao outro uma confusão, tal como em Lisboa... isto acompanhado de um catálogo muito interessante.
A Dinamarca insistia na China e nos seus programas de cooperação com este pais, e lançam dados impressionantes: a China neste momento representa cinquenta por cento do mercado de construção... e da maneira como as coisas estavam apresentadas parece estar a começar com problemas de sustentabilidade, para quem não se importe de trabalhar para um regime totalitário parece ser o novo mercado.
E depois um sem fim de pequenas exposições espalhadas por Veneza...
_manel
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