domingo, julho 22, 2007








Aire e Candeeiros

em Alcanede estamos às portas da serra.

calcário/calcário/calcário/calcário

as estradas, as casas e a pouca agricultura seguem os vales, sempre atrás do rasto da terra rossa. são linguas vermelhas e verdes no meio do branco do maciço.
no século XVII vieram os monges de Alcobaça desbravar estes vales férteis onde não correm ribeiros, encheram-nos de oliveiras. mais tarde são as encostas que são desbravadas e desaparecem de vez os cercais, azinhais e zambujais. mais oliveiras plantadas pelos montes acima.hoje não há cercais, não há zambujais, não há azinhais, não há olivais. há pedra escalavrada, há pedra branca e descarnada por fogos sucessivos.
e no meio do pedregal um polje P O L J E, e outro polje. ainda com restos de água, e com aquela vegetação verde ali, no meio das pedras. que coisa mais estranha os polje, um mar ali no meio das pedras, um pequeno mar provinciano
80 % das casas de Mendiga, Alvados, Minde são feias, pirosas, com colunatas e telhados arrebitados, e pintadas do amarelo-mais-feio-do-mundo.
Porto de Mós e Mira de Aire são paradas, desoladas, com blocos de apartamento de 6 andares feios, feios, feios. e com a sua rua pedonalzinha calcetada. com as suas lojinhas mediocres.

chega-se aos Olhos de Água, e lá estão os olhos de água que são mesmo olhos de água. e tudo é água e vegetação frondosa. atravessa-se uma ponte : CEntro de interpretação dos olhos de água,
olhamos, estranhamos, tocamos na madeira de que o enorme edifício é enfeitado, placas finas de contraplacado a caminho do apodrecimento. tentamos entrar. não há ninguém, não há nada. não há programa, não há horário. só a placa : Inaugurado em 2004 pelo Exmo. Sr. Secretário de Estado do Ordenamento do Território Dr. Pedro Silva Pereira.


as fotografias são roubadas



_manel

1 comentário:

Anónimo disse...

parvalhão.....