O presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano (PSD), sustentou hoje que a decisão do Governo de construir a barragem de Foz Tua vai acabar com o que resta do caminho-de-ferro no Nordeste Transmontano considera “incompreensível” que o Governo decida avançar com esta barragem, que vai submergir parte da linha do Tua, tornando aquela ferrovia inútil.
O presidente socialista da Câmara de Murça afirmou por seu lado estar “apreensivo” com a construção da barragem do Tua porque ela vai afectar vinhas durienses no concelho. O autarca reconhece, no entanto, que a barragem também poderá “trazer maior riqueza à região”. A barragem do Foz Tua, localizada na foz do rio Tua, que integra o Plano Nacional de Barragens hoje apresentado pelo ministro da Economia, representa um investimento de 177 milhões de euros e tem uma capacidade instalada de 234 megawatts (MW). Os cerca de 60 quilómetros que restam da linha do Tua, que liga Mirandela ao local com o mesmo nome do rio, são a única ligação ferroviária do Nordeste Transmontano. Esta linha liga a região ao litoral, no Porto, ao cruzar-se no Tua com a linha do Douro.
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