terça-feira, novembro 21, 2006

congresso de arquitectura de viena – “ building for a better world”



14º passou-se o fim-de-semana passado o tema prometia mas não correspondeu. uma enorme falha da organização: uma tarde inteira em que foram apresentados projectos austríacos para a África do Sul, projectos sempre iguais, sem grandes explicações e uma série de contradições. por exemplo a maioria das construções eram em madeira a certa altura alguém refere que a madeira não está disponível naquela zona que é importada de locais a 2000Km… e uma outra pessoa pergunta porque não usaram terra, porque não investigaram as construções locais e tentar perceber o que resultava bem e logo caíram todos em cima dizendo que isso eram moralismos idiotas que o que interessava era mostrar ideias inovadoras…qual é a inovação de chegar lá e fazer o que se faria na Áustria mas com um ar tropical? Por isso o primeiro dia foi de uma banalidade…a atmosfera era tão desinteressante que havendo vinho tinto óptimo e barato podia-se ver a assistência com copos na mão e meia embebedada…




no segundo dia veio um chileno mostrar um projecto interessantíssimo: um grupo de arquitectos e não só, patrocinados por outro meio que não o governo mas trabalhando com ideias para o governo e com o slogan”un doing tank para hacer de la ciudad una fuente de equidad” está a revolucionar a habitação social no Chile . calculou-se o dinheiro que o governo chileno disponibiliza para cada casa e lançou-se um concurso com uma equação a ser resolvida deste género: tantos euros para tantos metros quadrados… entre outras uma das ideias foi não tirar as pessoas do centro da cidade, mas centro a sério de maneira a que as casas valham alguma coisa mas sendo assim era preciso gastar mais dinheiro com a compra do terreno então decidiram tirar por exemplo em acabamentos e construir apenas uma parte das casas mas planear tudo para que as pessoas possam fazer os aumentos. os resultados parecem extraordinários! e estão em www.elementalchile.cl



_manel

segunda-feira, novembro 13, 2006

Viagens
Marrocos de bicicleta











Conversa e slides com João Paulo Gomes

16. Novembro. 22h
Bar Loucos e Sonhadores
Bairro Alto. Rua da Rosa


A
paisagir tem o prazer de convidar todas as pessoas para este evento.

"Três amigos em 2001, viajaram durante 50 dias de bicicleta, de Ceuta a Merzouga, atravessando a grande diversidade das Paisagens marroquinas. A viagem ficou registada em fotografia, que mais tarde foi passada para slides para apresentar aos amigos.
A Paisagir teve o prazer de convidar o João Paulo para fazer uma apresentação pública da sua viagem, ao que este, gentilmente cedeu."

terça-feira, novembro 07, 2006

Permacultura
"Cuidar da Terra, cuidar dos homens e compartilhar os excedentes"

A Permacultura (cultura permanente) é a construção de sistemas, que criem habitats sustentáveis através da utilização de padrões da natureza. É uma filosofia, aplicada principalmente à produção de alimentos e uso do território. Afectando ramos profissionais como a agronomia, a engenharia e a arquitectura.
É uma filosofia que foi criada na década de 70 por dois australianos (Bill Mollison e David Holmgren), para evitar a destruição crescente dos recursos naturais da Austrália (uma região muito frágil a nível ecológico) e do mundo.

Baseia-se em 3 grandes princípios:
Cuidar da Terra
– Reconhecer que a terra é a fonte de toda a vida, respeitá-la e aceitar que fazemos parte dela.
Cuidar das pessoas -Todos os seres humanos têm o dever de procurar e o direito a receber alimento, abrigo, cuidados de saúde, amor, educação, e trabalho.
Aplicar limites ao consumo e partilh
ar os recursos –. Cuidar da terra e das pessoas só é possível se existir colaboração entre todos, partilhando os infindáveis recursos que o Universo nos proporciona, no entanto para que estes recursos sejam equitativamente distribuídos no tempo e no espaço é necessário que cada individuo saiba o que é ter o suficiente e tenha somente o suficiente. Visa-se a cooperação em vez de competição, integração em vez de fragmentação

A Permacultura não é uma filosofia Romântica, mas sim uma teoria moderna que utiliza técnicas e conhecimentos actuais para impedir o colapso dos recursos naturais.

Devido ao isolamento a que Cuba foi sujeita, primeiro pelo embargo comercial criado por países ocidentais, encabeçados pelos E.U.A. e mais tarde pela queda da União Soviética, a utilização da Permacultura e Agricultura Urbana, tornaram-se uma importante solução, para preencher os défices de produtos alimentares e fontes energéticas.
Hoje em dia 50% dos alimentos consumidos pelos habitantes de Havana, com 2,2 milhões de pessoas, são produzidos na própria cidade utilizando métodos que não destruam os recursos naturais. O povo de Havana construiu hortas nas varandas, pátios, jardins e parques, utilizando o mínimo de energia possível.
“Temos de seguir os ciclos naturais, para assim termos a natureza a trabalhar para nós. Trabalhar contra a natureza, exige um enorme dispêndio de energia.” Roberto Sanchez, membro da Fundação Cubana para a Natureza e Humanidade






Sites sobre pemacultura
http://www.cca.ufsc.br/permacultura/
http://www.nelsonavelar.com/permacultura/index_permacultura.htm
http://www.globalpublicmedia.com/articles/657

_pedro

quarta-feira, novembro 01, 2006

Os Intérpretes de Wole Soyinka, do Sítio ao Lugar

Egbo, professor na universidade de Lagos, convida Bandelle, uma bela estudante.

“Estava a pensar em voltar a visitar um santuário que eu próprio criei”…
“Chegaram então a uma parte do matagal que parecia nunca ter sido
bafejado pelo o hálito humano e aí ele mostrou-lhe as catedrais desoladas, agora ignoradas pelas gordas formigas esbranquiçadas que as haviam construído”…
“Venha por aqui, vou mostrar-lhe uma obra-prima.

- Apartou as folhas a alguma distân
cia dali e ficou parado, esperando a aprovação dela, como se desvendasse ao mundo uma obra criada por ele próprio”…
“Caminharam depois em direcção ao rio, patinharam nas poças até uma rocha arredondad
a, saliente e macia, que era o leito favorito de Egbo.”

Todos os sítios são lugares, descobrir é construir uma obra de arte.


_pedro