domingo, agosto 26, 2007

Paisagem na moldura




Cada vez se vive mais em espaços fechados: o carro, a casa, o café, o shoping – dentro de paredes, que fecham, que separam. Vive-se protegido por limites que nos separam dum espaço que se designa como paisagem. Toda aquela ideia que a paisagem é sobretudo um espaço que cria em nós sentimentos e que por isso tem principalmente um significado fenomenológico tende a acabar.

A paisagem, como criação mental do homem que a vive cada vez mais deste modo, está morta.

Nos espaços fechados a única solução é olhar pela janela do carro, pela janela da casa, pela janela do ‘Windows’. Olhamos apenas para um qualquer espaço limitado por uma moldura, um limite quadrado, bem definido – somos levados a pensar sobre os problemas da composição desse quadro e todo o processo que passa depois até se constituir uma potencialidade de construirmos novos “sentimentos” sobre essas imagens. Tudo o que cabe nessa moldura é facilmente manipulado pelas pessoas que a pensaram ou que a seleccionaram.


O arquitecto paisagista ao serviço do marketing.

Paisagem na linha de montagem


Palmeiras na várzea de Loures.



Interior

Primeiro plano

Limite vivênciavel

Pano de Fundo – não é real




Se as paisagens forem todas iguais as pessoas tornar-se-ão todas iguais

Eu não quero ser igual, quero ser especial

Quero ser amado




_joão

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