Os jovens não têm voz, e nas escolas há mais opressão do que expressão e discussão. Uma das respostas é vir para a rua com uma lata de tinta e pintar a sua marca, do seu grupo, do seu bairro, as suas criticas e reivindicações nas paredes, cada vez mais ocupadas por publicidade, publicidade para consumir o inconsumível, publicidade que ninguém quer, mas tudo ocupa.
Viva toda a malta que faz bater a esfera no ferro da lata e lança spray sobre estas paredes falsas da cidade, viva toda a malta dos subúrbios que ocupa os seus bairros com tintas e vão ao centro mostrar que os subúrbios também têm voz. A Maior Arte é aquela todos podem fazer, a Maior Arte é aquela que todos podem ver, Os subúrbios são a vanguarda da metrópole, a Tinta é uma das suas principais vozes. Murais! Grafftis! Stencils! Os museus estão na Rua!
P.S. Passou um filme muito bom no Doc Lisboa 2007 sobre a arte de rua que também acho que não deviam perder, deve andar pelas bandas do youtube. "Bomb It" Jon Reiss 2007
3 comentários:
O museu, como conceito de espaço interior onde se mostram objectos que só assim ganham legitimidade, há muito que morreu e ainda é preciso encontrar outras fórmulas para este velho paradigma. Parece que vivemos num período de coma arquitectónico no que toca a este tipo de infraestruturas.
"A criatividade não é a resposta para todos os problemas urbanos, mas cria as pré-condições necessárias para encontrar soluções.
O mais importante é que pressupõe uma alteração na maneira de pensar.
Criatividade urbana exige um trabalho ético que conduz à evolução de cidade"
Charles Landry 2004, in "Creativity and the city: thinking through the steps"
A cidade é como a arte- é o caos. Que se entenda e aceite-se esse caos, essa entropia...que se expresse essa energia.
banksy e fabuloso! alem de criar obras de arte grafica fantasticas tb consegue despertar consciencias e o espirito critico dentro de cada um de nos.
ps. so uma pequena correccao. banksy e originario de bristol, cidade onde me encontro a viver e nas ruas da qual e possivel admirar algumas das suas obras quando menos esperamos...
parabens pelos artigos!
nuno moura
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