Guimarães oferece hortas para cultivar alimentos biológicos
A câmara de Guimarães está a oferecer hortas para que os habitantes cultivem alimentos biológicos e, já tem 25 candidatos, maioritariamente contabilistas. «Já existem 25 inscrições para o cultivo das hortas mas ainda existem muitos espaços vagos», disse à Lusa Costa e Silva, vereador dos Serviços Urbanos e do Ambiente na câmara de Guimarães. Após uma nova campanha de divulgação, a autarquia decidiu prolongar a inscrições para «hortelãos» até ao dia 15 de Outubro. A Horta Pedagógica de Guimarães está situada na Veiga de Creixomil, há entrada da cidade, a 100 metros de um hipermercado e num dos terrenos outrora mais férteis e cultivados do concelho.
Por cinco euros anuais, os candidatos ficam na posse de uma parcela de terreno apenas com a única obrigação de a cultivarem. Entre os candidatos a uma parcela de terreno, estão maioritariamente contabilistas mas também, educadoras de infância, professores e um serralheiro. «São pessoas que querem cultivar um terreno pelo prazer de lidar com a terra e não exactamente por necessidade», frisou o vereador. Os campos, em tempos cultivados pelos proprietários, estavam agora «a monte». «A câmara decidiu fazer uma horta pedagógica e biológica nos terrenos não cultivados para permitir uma maior educação ambiental mas também para que os habitantes da cidade possam cultivar produtos para depois consumir», referiu ainda o vereador.
A Horta está dividida em pequenas parcelas delimitadas por caminhos e regatos, apresentando várias actividades ligadas à agricultura e à educação ambiental. Com uma área de três hectares, as hortas cedidas pela câmara têm áreas que vão dos 50 aos 100 metros quadrados e o contrato de cedência tem a validade de um ano. Até que todos os espaços estejam entregues à população, os serviços camarários estão a cultivar legumes, fruta e ervas aromáticas. «Os produtos serão entregues a uma cooperativa de solidariedade para que façam parte do banco alimentar e possam ser entregues a famílias carenciadas», frisou Costa e Silva. Aos técnicos camarários cabe depois o fornecimento de informações sobre as épocas de cultivo, as formas de rega e até sugestões culinárias. Os utensílios agrícolas, propriedade da autarquia, ficarão guardados num anexo que está ainda a ser construído pela autarquia e que funcionará também como ponto de encontro dos pequenos agricultores.
Integrado no projecto HiperNatura Continente, o conceito de hortas pedagógicas custou 600 mil euros. A verba destina-se a recuperar, edificar e modernizar espaços verdes de 20 cidades de norte a sul do país onde existam hipermercados da marca Continente e em que as autarquias se queiram associar ao projecto. «É uma forma de participar activamente na preservação e na revitalização da natureza urbana», segundo Miguel Rangel, da empresa promotora do projecto.
Além de Guimarães, as autarquias abrangidas pelo projecto são Albufeira, Amadora, Cascais, Covilhã, Coimbra, Leiria, Lisboa, Loures, Maia, Matosinhos, Ovar, Porto, Portimão, S. João da Madeira, Seixal, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Vila Real e Viseu. Em Guimarães, a câmara continua à procura de novos agricultores. «Queremos pessoas que gostem da terra, que queiram semear e colher de uma forma biológica», finalizou Costa e Silva.
_manel
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2 comentários:
Ainda que me pareça bem o projecto das hortas. Sou muito crítico em relação ao greenwashing da Sonae. As plantas que eram vendidas eram maioritáriamente cupressus e pinheiros. Em Vila Real o espaço apoiado??? foi um parque urbano desenhado por uns engenheiros do Porto que não tem ponta por onde se pegue. O espaço construído à 3 ou 4 anos e já esta a ser reabilitado!!! notasse a qualidade da construção... enfim coisas do polis....
Se calhar sou um bocado naive...mas eu ainda acredito na polis. Talvez não nos Portugueses. Mas o programa em si parece-me louvável.
sebastiao_
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