segunda-feira, abril 28, 2008
A paisagem tem medo da «marca verde» ! O perigo do Lobo mau vestido de avózinha
Portugal esta a ser vendido a Lote, a paisagem não pertence a ninguem, nem aos Portugueses, nem aos Europeus , nem ao resto do mundo. Pertence sim aos «grandes empreendedores» capazes de injectar milhões para aceder á Lei PIN. Com este código de acesso, considerados assim os suportes do único «desenvolvimento» possível, o turismo , podemos continuar a encher o país do Betão. Assim nascem 25 mil camas na zona litoral de grandola, no ultimo reduto Europeu de praias Virgens, mesmo em cima da «incontornável» rede Natura.Assim as margens do Alqueva se transformem em belos pousios para os reformados holandeses...
Mas não se assustem... os resorts serão verdes, vão ter campos de Golf, belos jardins floridos,grandes piscinas ao lado do mar e do grande Lago, quase não vão gastar água...
Vão ter centros de educação ambiental para ensinar a reciclar , muitas casinhas típicas em cima dos solos que estes não prestam para nada.
Vão por os milhões de jovens do Alentejo a trabalhar simpaticamente nas recepções...e os velhotes podem ainda ir la contar umas históriazinhas de embalar.
A paisagem essa será assim cheia de «acontecimentos verdes», cheia de belas cercas que escondem um mundo fascinante por trás.Quem fica de fora da cerca que se amanhe...Ambiente? Isso não tem nada a ver com preservar paisagem, isso tem a ver com paineis solares...
PORTUGALLRESORT poderá ser o slogan futuro de Portugal.
Isto porque a especificidade de cada paisagem não interessa, não é isso em que assenta o turismo mundial...isso são coisas do tempo da avózinha. As pessoas gostam de viajar para verem o que ja viram.
E Portugal nunca vai deixar de ser moda mesmo quando for um amontoado de castelinhos da Barbie .
Agora é o tempo do Lobo mau, o capucho é verde....
_sebastião
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2 comentários:
muito bom!;)
há que chamar as coisas pelos nomes certos.
e viva o desenvolvimento..neste caso sustentavelmente VERDE!
O ecologicamente sustentável (que a minha mente naïfe poderia até aceitar como verdadeiro) esconde o socialmente inaceitável.
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